segunda-feira, 4 de julho de 2011

Desopilando a alma


Tenho usado esse espaço para desopilar minha alma. Eu sinto uma coisa que fica borbulhando dentro de mim e que precisa sair. Preciso entender tudo o que aconteceu comigo e ir aparando as arestas.
Estou com muita vontade de escrever. As palavras vão fluindo, sem seguirem nenhuma regra ou conexão. Vou escrevendo as postagens sem rascunhos. Publico-as tão logo estejam prontas, não releio, nem edito. As postagens têm vida própria, elas independem do meu controle.
Ao lê-las, às vezes me surpreendo (parecem textos de outra pessoa), mas através delas eu começo a entender pontos obscuros da minha alma, pontos que censuramos quando contamos a alguém, seja amigo, terapeuta ou o confidente.
Quando a gente fala exercitamos a autodefesa. A gente conta os detalhes de acordo com quem vai ouvir. A história é a mesma, mas com diversas nuances.
Ao deixar as palavras saírem livres vou limpando o meu coração e me sinto em paz.
Gostaria de estar numa mesa de bar, tomando uma caipirinha e desabafando com a pessoa certa. Aqui eu posso expor meus sentimentos, mas não posso fazer perguntas então ficarei sem respostas.
Durante muito tempo fiquei trancada num lugar escuro com o o meu coração cheio de dor, raiva e de muita confusão, eu estava convivendo com esse monstro que eu criei. Quando resolvi abrir a jaula e acender a luz, compreendi que tive um ótimo companheiro de caminhada, mas com quem eu não poderia ficar por toda a vida.

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